Câncer de pulmão: 10 sintomas e como confirmar o diagnóstico

Os sintomas de câncer de pulmão normalmente só aparecem quando a doença já está em uma fase mais avançada, podendo ser notada tosse seca e persistente, dificuldade para respirar, falta de ar, cansaço excessivo, dor no tórax e perda de peso sem causa aparente.

Na presença de sinais e sintomas possivelmente indicativos de câncer de pulmão, é importante que o pneumologista ou clínico geral seja consultado, pois assim é possível que sejam feitos exames que permitam identificar a doença de forma precoce, dando início ao tratamento logo em seguida e prevenindo o desenvolvimento de complicações.

O tratamento para câncer de pulmão varia de acordo com o tipo de câncer e características, podendo ser indicada a realização de cirurgia e sessões de quimioterapia e/ ou radioterapia.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os principais sintomas de câncer de pulmão são:

  1. Tosse seca e persistente;
  2. Dificuldade em respirar;
  3. Falta de ar;
  4. Diminuição do apetite;
  5. Perda de peso;
  6. Rouquidão;
  7. Dor nas costas;
  8. Dor no tórax;
  9. Sangue no catarro;
  10. Cansaço extremo.

É importante que o pneumologista seja consultado assim que surgirem sintomas, já que os sintomas de câncer de pulmão normalmente aparecem em fases mais avançadas da doença.

Sintomas nos estágios mais avançados

Na maior parte das vezes, o câncer de pulmão é identificado nos estágios mais avançados. Nessa fase, os sintomas normalmente incluem catarro com sangue, dificuldade em engolir, rouquidão e infecção pulmonar recorrente. Além disso, podem haver manifestações e complicações do câncer de pulmão, como o tumor de Pancoast e a metástase, que apresentam sintomas mais específicos:

1. Tumor de Pancoast

O tumor de Pancoast, tipo de câncer de pulmão localizado na parte superior do pulmão direito ou esquerdo, possui sintomas mais específicos, como inchaço e dor no braço e ombro, redução da força muscular e aumento da temperatura da pele na região da face, ausência de suor e queda da pálpebra.

2. Metástase

A metástase acontece quando as células cancerígenas são transportadas para outros locais do corpo por meio da corrente sanguínea ou dos vasos linfáticos. A metástase pode acontecer em poucos meses e, dependendo do local de ocorrência, pode causar diferentes sintomas.

Na metástase pulmonar pode haver dor no tórax, não relacionada com a respiração, ou derrame pleural (líquido na pleura). Na metástase cerebral pode haver a dor de cabeça, náuseas, vômitos e, até, déficits neurológicos. No caso da metástase óssea, pode ocorrer dor nos ossos e fraturas recorrentes. Quando existe metástase hepática é comum o aumento do tamanho do fígado, ligeira perda de peso e dor no lado superior direito da barriga.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico do câncer no pulmão é feito por meio da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, histórico de saúde e familiar e resultado de exames de imagem, principalmente tomografia do tórax, em que pode ser observada a presença do tumor. Além disso, pode ser solicitada a realização de PET-scan, ressonância magnética e biópsia do tecido pulmonar, em alguns casos.


Foto de uma doutora e um doutor de braços cruzados esperando você para atender

Dessa forma, através da realização desses exames é possível confirmar o diagnóstico e verificar em que estágio encontra-se o tumor, sendo possível indicar o tratamento mais adequado.

Principais causas do câncer de pulmão

O principal responsável pelo desenvolvimento de câncer no pulmão é o uso de cigarro, pois cerca de 90% de todos os casos deste tipo de câncer acontece em fumantes, sendo que o risco aumenta de acordo com o número de cigarros fumados por dia e o número de anos que se é fumante.

No entanto, o câncer de pulmão também pode acontecer em quem nunca fumou, especialmente em quem está em contato frequente com a fumaça do cigarro ou a outros produtos químicos como radônio, arsênico ou berílio, por exemplo, embora esse risco seja muito inferior ao de quem fuma.

Porque o cigarro pode causar câncer

A fumaça do cigarro é composta por diversas substâncias cancerígenas que preenchem os pulmões durante o fumo, como alcatrão e benzeno, que provocam lesões nas células que revestem o interior do órgão.

Quando estas lesões acontecem de vez em quando, o pulmão pode ser capaz de se reparar, mas quando acontecem constantemente, como no caso dos fumantes, as células não conseguem se reparar rapidamente, provocando a multiplicação errada das células e, consequentemente, o câncer.

Além disso, o tabagismo está associado ao surgimento de vários outros problemas de saúde, como enfisema, infarto e alterações da memória.

Quem tem maior risco de câncer

Os fatores que parecem aumentar o risco de desenvolver câncer de pulmão incluem:

  • Fumar;
  • Inalar a fumaça do cigarro de outras pessoas, sendo, assim, um fumante passivo;
  • Estar frequentemente exposto ao gás radônio e outros químicos perigosos como arsênico, asbesto (amianto), berílio, cádmio, hidrocarbonetos, sílica, gás mostarda e níquel;
  • Viver em regiões com muita poluição ambiental;
  • Ter predisposição genética, sendo que pessoas com história de pais ou avós que tiveram câncer de pulmão podem ter o risco aumentado.

Além disso, ter feito tratamento para outros tipos de câncer também pode aumentar o risco, como nos casos de câncer de mama, linfoma ou câncer nos testículos tratados com radioterapia no tórax, por exemplo.

Pessoas com estes fatores de risco devem fazer consultas regulares ao clínico geral ou pneumologista, como forma de serem feitas avaliações da saúde dos pulmões. Especialmente fumantes ou ex-fumantes devem procurar informações sobre o rastreio de câncer de pulmão com tomografia anual de tórax.

Como é feito o tratamento

O tratamento para o câncer de pulmão depende do tipo de tumor, características, presença de metástases e das condições clínicas do paciente. Assim, o médico pode indicar a realização de cirurgia para remover parte ou todo o pulmão, caso a doença esteja localizada.

Além disso, o médico pode indicar a quimioterapia, imunoterapia e/ou terapia-alvo antes ou após a cirurgia, para diminuir o tumor ou para garantir a eliminação de todos as células cancerígenas.

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