Politraumatismo: o que é, sintomas, causas e tratamento

Politraumatismo é quando ocorrem múltiplas lesões graves no corpo, em duas ou mais regiões diferentes, sendo mais comuns fraturas ósseas, hemorragias ou lesões na coluna ou cerebrais, por exemplo.

As causas do politraumatismo, geralmente, são devido a impactos, como acidentes automobilísticos ou atropelamentos, podendo também ocorrer por queimaduras ou tentativa de suicídio ou homicídio.

O tratamento do politraumatismo, que também é chamado de politrauma corporal ou traumas múltiplos, é feito no hospital, pois é uma emergência médica que pode colocar a vida em risco, e tem como objetivo estabilizar a pessoa e tratar as múltiplas lesões.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de politraumatismo

Os principais sintomas do politraumatismo são:

  • Dor nas regiões afetadas ou dor de cabeça;
  • Sangramento ou hemorragia;
  • Dificuldade de concentração;
  • Perda de memória;
  • Tontura ou zumbido constante no ouvido;
  • Dificuldade para tomar decisões.

Além disso, pode ocorrer dificuldade para movimentar os membros, formigamento dos pés ou mãos, ou falta de sensibilidade em qualquer região do corpo.

O politraumatizado geralmente apresenta lesões em regiões do corpo como tórax, abdômen, cabeça, pelve, coluna, braços, pernas, mãos ou pés.

Em alguns casos, pode ocorrer choque hipovolêmico ou choque cardiogênico, devido a grande perda de sangue ou tamponamento cardíaco.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do politraumatismo é feito pelo clínico geral ou médico emergencista no hospital através de exames como raio X, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Além disso, o médico deve realizar um exame físico completo e, se possível, conversar com a pessoa para avaliar a dor e o desconforto.

Possíveis causas

As principais causas de politraumatismo são:

  • Acidente de veículos motorizados; 
  • Atropelamento;
  • Explosões;
  • Queimaduras;
  • Amputações,
  • Espancamentos ou golpes em várias regiões do corpo;

Além disso, outras causas do politraumatismo são tentativa de suicídio ou homicídio, por exemplo. 

Como é feito o tratamento

O tratamento do politraumatismo é feito primeiramente pela equipe do SAMU ou bombeiros, no local do acidente.

Assim, as lesões são identificadas e estabilizadas, seguindo um protocolo, conhecido como ABCDE:

  1. A (vias aéreas ou airways): desobstruir vias aéreas e colocar o colar cervical;
  2. B (respiração ou breathing): avaliar a respiração, identificar e tratar lesões no tórax, como pneumotórax, hemotórax ou tórax instável. Se necessário oferecer oxigênio;
  3. C (circulação ou circulation): verificar a circulação e se a pessoa tem traumas no abdômen, hemorragia externa, fratura de bacia, lesões nas extremidades, choque hipovolêmico ou choque cardiogênico, e tratar essas condições;
  4. D (nível de consciência ou disability): verificar o nível de consciência da pessoa através da escala de Glasgow. Geralmente, nível de consciência reduzido, indica traumatismo cranioencefálico;
  5. E (exposição e ambiente ou exposure/environmental): retirar a roupa da pessoa para examinar, manter a pessoa aquecida para evitar hipotermia e manejar cuidadosamente as lesões.

Caso a pessoa apresente obstrução das vias aéreas ou parada cardiorrespiratória, são feitas a desobstrução das vias aéreas e a massagem cardíaca. Em seguida, a pessoa é levada ao hospital.

No hospital, a equipe médica emergencista deve realizar os exames de diagnóstico para verificar os órgãos afetados e estabilizar a pessoa.

Geralmente, a pessoa é transferida para a UTI e quando está estabilizada, assim que possível, dentro de 48 a 72 horas após o acidente, podem ser feitas cirurgias de fixação de ossos, por exemplo.

O tratamento do politraumatismo é complexo e varia de acordo com as regiões e lesões no corpo, e por isso é feito por uma equipe que deve conter ortopedistas, cirurgião geral, neurocirurgião, anestesista, médico intensivista, cardiologistas, enfermeiros e fisioterapeutas, por exemplo.

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