A queimação nos pés é uma sensação dolorosa que costuma acontecer como consequência de uma lesão nos nervos das pernas ou pés, geralmente causada por situações como neuropatia diabética, deficiências nutricionais ou infecções, por exemplo.
No entanto, alterações na circulação do sangue, uso de calçados inadequados, mudanças hormonais ou lesões nos ligamentos ou músculos dos pés, como ocorre na fascite plantar, por exemplo, podem também causar sensação de queimação nos pés.
Quando a sensação de queimação nos pés ocorre com frequência, é fundamental consultar um clínico geral ou médico de família para que seja feita uma avaliação e iniciado o tratamento mais adequado, que pode variar de acordo com a causa da queimação nos pés, podendo ser indicado uso de sapatos mais confortáveis, prática de atividade física ou mudanças na alimentação.
As causas mais comuns de queimação nos pés são:
1. Neuropatia diabética
A neuropatia diabética é caracterizada pela destruição dos nervos que leva a diminuição da sensibilidade em várias partes do corpo, principalmente nos pés e nas mãos, levando a sintomas como formigamento, dor e queimação. Esse tipo de complicação é mais comum de acontecer quando não se faz o tratamento adequado da diabetes e os níveis de açúcar no sangue ficam elevados com muita frequência.
O que fazer: nesse caso, é importante procurar
orientação de um endocrinologista ou neurologista para que possa ser
indicado o melhor tratamento, que pode envolver o controle do açúcar na
alimentação, uso de insulina, fisioterapia e acupuntura para aliviar a
sensibilidade e queimação nos pés.
2. Fascite plantar
A fascite plantar é a inflamação da fáscia, um tecido fibroso localizado na sola do pé que causa sintomas como dor na sola do pé, sensação de queimação e desconforto ao caminhar e ao correr. Essa situação costuma acontecer com mais frequência em pessoas com excesso de peso, que praticam atividades de alto impacto, como corridas de longa distância, que usam sapato de salto alto por muito tempo, que possuem artrite ou fratura em um osso do pé.
O que fazer: é essencial buscar recomendações de um
ortopedista ou reumatologista, que poderão sugerir o uso de palmilhas
ortopédicas e sessões de fisioterapia para melhorar os sintomas da
fascite plantar. Evitar ficar de pé por muitas horas, diminuir impactos
durante os exercícios físicos, como nas corridas, também aliviam os
sintomas da fascite plantar.
3. Má circulação
A má circulação, também conhecida como insuficiência venosa ou arterial, acontece quando o sangue não consegue circular adequadamente nos membros inferiores, causando dor, inchaço, formigamento e queimação nas pernas e pés. Normalmente os sintomas pioram durante o dia, quando se fica de pé por muitas horas, e melhoram ao manter as pernas elevadas.
O que fazer: para o tratamento da má circulação, é
fundamental ter uma consulta prévia com um angiologista que poderá
indicar o uso de meias de compressão e prescrever medicamentos anti
inflamatórios para auxiliar na melhora dos sintomas da má circulação.
Além disso, evitar o uso de sapatos de salto alto e evitar ficar de pé
por longos períodos, também auxilia na melhora do inchaço, dor e
queimação das pernas e pés.
4. Alterações nos pés
Durante o dia, os pés podem ficar sobrecarregados por situações como exercícios físicos intensos, uso de calçados inadequados ou por alterações nos ossos e músculos, como pé plano, joanetes, doença de Charcot-Marie-Tooth, calos, por exemplo, o que pode provocar dor e queimação, principalmente ao fim do dia.
O que fazer: realizar uma consulta com um
ortopedista é necessário para que se avalie os sintomas e indique o
melhor tratamento que vão desde sessões de fisioterapia, uso de
medicamentos orais ou de uso local, a correção do tipo de calçado e uso
de palmilhas, visando diminuir a sobrecarga, dor e queimação nos
músculos e ossos dos pés.
5. Infecções
Infecções pelo herpes vírus, herpes zóster ou HIV por exemplo, também podem levar à inflamação dos nervos periféricos do corpo, provocando dor, formigamento e queimação nos pés.
O que fazer: nesse caso é importante seguir a recomendação do clínico médico, que pode indicar o uso de medicamentos de acordo com o tipo de infecção, podendo ser indicado o uso de antivirais, para combater o agente infeccioso, e analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar os sintomas.
6. Síndromes raras
Algumas síndromes raras como a eritromelalgia, que acontece devido a uma alteração na função dos vasos sanguíneos, e a síndrome de Guillain-Barré, em que há destruição das células do sistema nervoso, também podem causar sintomas como dormência, vermelhidão e queimação nas mãos, pernas e pés.
O que fazer: para o tratamento, é fundamental consultar o hematologista ou neurologista, que poderão indicar o tratamento de acordo com a síndrome, podendo ser indicado o uso de antidepressivos, anti-inflamatórios ou sessões de fisioterapia.
7. Deficiências vitaminas do complexo B
A deficiência de vitaminas do complexo B, como a vitamina B1, B6 e B12, podem causar a neuropatia periférica, que é a destruição dos nervos, o que leva à diminuição da sensibilidade e uma sensação de formigamento, dormência e queimação nas mãos e nos pés.
O que fazer: o tratamento das deficiências de vitaminas do complexo B normalmente é feito com orientação de um médico ou nutricionista, que prescrevem a suplementação das vitaminas por pelo menos 6 meses. Além disso, é necessário fazer ajustes da alimentação, com o auxílio de um nutricionista, para aumentar o consumo de alimentos fonte das vitaminas do complexo B.
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